Tércio Elyan Azevedo Martins1,2,3; Andressa Costa de Oliveira2; Beatriz Regazzi de Gusmão4; Alexandre de Almeida Filippo4; Fabiane Mulinari-Brenner5
Conflito de interesses: Nenhum.
Data de Submissão: 01/06/2023
Decisão final: 18/01/2024
Fonte de financiamento: Nenhuma.
Como citar este artigo: Martins TEA, Oliveira AC, Gusmão BR, Filippo AA, Brenner FM. Atualização na avaliação da fibra capilar. Surg Cosmet Dermatol. 2024;16:e20240265.
Os danos causados por procedimentos químicos, físicos e térmicos podem alterar as características morfológicas naturais do cabelo e levar a uma má qualidade da fibra, fazendo com que os fios fiquem secos, sem brilho, fracos e quebradiços. O objetivo deste artigo é atualizar o dermatologista quanto às formas de avaliação disponíveis para compreensão dos danos da haste capilar. Foram apresentadas as principais metodologias diagnósticas laboratoriais (microscopia, tração à ruptura, avaliação estrutural, propriedades físicas e mecânicas) e ambulatoriais (provas diagnósticas e anamnese) para avaliação da qualidade da haste capilar.
Keywords: Cabelo; Dermatologia; Queratinas.
O estudo dos cabelos foi uma das áreas de Dermatologia mais impactadas pelo avanço das técnicas diagnósticas nos últimos 20 anos. A compreensão das alterações do couro cabeludo e da haste capilar promoveu um grande desenvolvimento no diagnóstico e nas abordagens terapêuticas. Novas entidades foram reconhecidas e reclassificadas com a dermatoscopia e os novos cortes histológicos transversais aplicados ao couro cabeludo.1 O cabelo possui múltiplas funções, principalmente proteção física, isolamento térmico, camuflagem, dispersão sebácea e percepção sensorial. Na sociedade humana atual, ele interfere na qualidade de vida, na atratividade e na autoestima.2
O objetivo desta revisão é atualizar o dermatologista quanto às metodologias diagnósticas laboratoriais e ambulatoriais da haste capilar. A avaliação das características microscópicas, dermatoscópicas, bioquímicas e moleculares da fibra capilar permite uma melhor compreensão dos processos biológicos relacionados ao processo de envelhecimento, distúrbios da queratinização da haste, dano externo por tratamentos químicos e capacidade de recuperação por tratamentos estéticos.3
A fibra capilar é extremamente resistente e possui três constituintes morfológicos principais: cutícula, córtex e, em alguns casos, a medula (Figura 1). Estruturas planas sobrepostas, semelhantes a escamas, circundam o núcleo central da fibra, como uma camada protetora espessa e quimicamente resistente chamada cutícula. A cutícula possui a função de proteger o córtex de danos ambientais externos.4
A proteção da haste capilar contra danos ambientais e químicos inicia-se pela aderência e organização das células cuticulares. Uma camada protetora espessa e quimicamente resistente é responsável pelas características de brilho, resistência e penteabilidade da haste. A cutícula humana possui cerca de seis a oito camadas e é constituída especialmente de células queratinizadas (80%), lipídios estruturais e proteínas associadas à queratina com alto teor de enxofre.5 Quanto maior o alinhamento e integridade das cutículas, melhores serão as características de maciez, brilho e frizz. As camadas cuticulares são classificadas em epicutícula, mais externa e hidrofóbica, seguida pela exocutícula, com a maior massa (55%), e a endocutícula, com capacidade de absorção da água.5,6
O córtex é responsável pela maior parte da massa da fibra capilar (75%) e desempenha um papel significativo na determinação da força intrínseca e resistência mecânica da fibra. As alfa-hélices proteicas no córtex são mantidas por meio de ligações químicas como ligações iônicas, de hidrogênio, de Van der Waal e pontes de dissulfeto. Nessa região, estão os grânulos de melanina que conferem as características de cor do cabelo.7 O complexo de membrana cuticular (CMC), responsável pela coesão entre as células corticais e da medula, é rico em ácido 18-metil eicosanoico (18-MEA), conferindo hidrofobicidade ao cabelo e lubrificação com redução da fricção entre as fibras capilares.8,9 A redução deste lipídio está relacionada à degradação da fibra capilar e perda proteica.
Mais internamente, e nem sempre presente, encontra-se a medula, um vacúolo celular localizado na parte central da fibra capilar. Várias pesquisas correlacionam a presença da medula ao aumento do diâmetro capilar. Estruturalmente, as células medulares são células corticais juntamente com melanossomas.7,10
A fibra capilar é produzida pelo folículo piloso e qualquer alteração no folículo pode repercutir na sua estrutura e qualidade.11 Na avaliação rotineira ambulatorial, as hastes capilares podem sofrer alterações externas e internas por diversos fatores (Tabela 1).
A fibra capilar pode ser avaliada por diversos métodos clínicos e laboratoriais. Os métodos clínicos têm finalidade diagnóstica no tratamento das alterações da haste, permitindo a avaliação dermatológica ambulatorial. Eles permitem avaliação das queixas de haste capilar por fatores internos e externos. São realizados no exame dermatológico rotineiro que inclui anamnese, exame físico (teste de tração), dermatoscopia e o teste rápido de perda proteica (também considerado teste laboratorial).12
Os métodos laboratoriais permitem a identificação de danos e da resposta a produtos cosméticos na fibra capilar e podem ser realizados tanto em fios de cabelo quanto em mechas padronizadas. Esses métodos são utilizados como parâmetros no desenvolvimento de produtos pela indústria cosmética, pois permitem avaliar características físicas e químicas da haste e graduar danos externos promovidos por agentes danos.13,14 Eles incluem as diversas formas de microscopia, aliadas à tomografia de coerência óptica, que avaliam visualmente a estrutura da haste. As técnicas de espectroscopia, avaliação da perda proteica e quantificação de triptofano que avaliam a haste do ponto de vista estrutural. A avaliação de cor e brilho, análises termogravimétricas, medição de resistência mecânica (tração), penteabilidade e elasticidade avaliam as propriedades físicas da haste.4,14,15
Clinicamente, a haste capilar pode ser avaliada por meio da exploração das propriedades macroscópicas via exame clínico, desde a raiz até a extremidade distal. Quanto mais longo o fio, maiores as exposições aos danos externos. Uma série de fatores está envolvida no desenvolvimento das alterações de haste. O diagnóstico correto pode ser complexo e requer uma história clínica detalhada, especialmente focada nos cuidados rotineiros de higiene, tratamentos químicos, uso de fontes de calor para secagem e exposições ambientais diárias. Características epidemiológicas, como idade e sexo, devem ser consideradas nesta avaliação.
A anamnese deve abordar o início, a duração e a natureza da queixa; história pessoal e familiar, uso de cosméticos inadequados, medicamentos (quimioterápicos, retinoides, dentre outros) e restrições dietéticas. Durante o exame, deve-se avaliar outras áreas pilosas, como sobrancelhas e pelos corporais, que podem apresentar alterações nas doenças sistêmicas e tricodistrofias. O exame das unhas pode auxiliar no diagnóstico das distrofias neuroectodérmicas e das alopecias inflamatórias.16
Ao identificar a queda excessiva por meio da contagem dos cabelos desprendidos diariamente, os fios de cabelo coletados podem ser analisados por meio de microscópio e classificados de acordo com o diâmetro, indicando possíveis danos à fibra.11,17
O teste de puxão do cabelo (TUG Test) é uma técnica simples, realizada para avaliar a fragilidade do cabelo. Um grupo de fios de cabelo é preso e com a outra mão uma força de puxar deve ser executada a partir da extremidade da haste do cabelo. A quebra da haste capilar durante o teste indica cabelos frágeis e anormalidades na haste capilar.16,17
Para melhor compreensão da velocidade de crescimento pode ser realizada raspagem de uma pequena área do couro cabeludo que funciona como uma janela de crescimento. O crescimento esperado é de cerca de 0,3cm em uma semana, ou seja, uma média de 1,0cm ao mês. As taxas de crescimento variam entre as raças: o cabelo afro tem a taxa de crescimento mais lenta (0,9cm/mês), o cabelo caucasiano cresce a uma taxa de cerca de 1,2cm por mês e o cabelo asiático supera os outros tipos, com uma taxa de crescimento de 1,3cm por mês.18
O uso da dermatoscopia no couro cabeludo foi incorporado na prática diária pela sua praticidade e potencial de minimizar a necessidade de exames invasivos. Ela é útil em diversas doenças, desde pediculose e anomalias da haste capilar até na diferenciação de alopecias cicatriciais e não cicatriciais. Pode ser realizada pelo dermatoscópio tradicional com luz polarizada, por videodermatoscópio com luz polarizada ou em associação à análise computadorizada do fio.18,19
O dermatoscópio tradicional, de 10 aumentos, é usado na rotina dermatológica; entretanto, os achados nessa modalidade são limitados no estudo da haste. O exame dermatoscópico da haste capilar pode ser realizado com ou sem a aplicação de gel com aumentos de até 300x. A tricoscopia sem imersão tem se mostrado útil para analisar características distais como fraturas e outras desordens da haste, como a tricorrexe nodosa.18,19
Alterações da haste capilar podem ser evidenciadas pelo tricograma. Esta técnica avalia com facilidade a proporção de fios velos e terminais e a densidade capilar, sendo útil para o seguimento e avaliação da resposta terapêutica dos pacientes.18,19
É crucial detectar a primeira alteração na proteína para evitar mudanças mais drásticas nas propriedades do cabelo. Sugerir sua proteção possibilitaria também a preservação das propriedades físicas do cabelo, como resistência e elasticidade, contra exposição prejudicial diária.20
Uma nova metodologia disponível é o teste rápido de perda proteica que utiliza um reagente cromogênico para quantificação da proteína total. Ela baseia-se numa conversão de íons que fornecem o resultado baseado em uma escala colorimétrica de acordo com a quantidade de proteínas extraídas do cabelo do paciente em apenas 25 minutos.21,22 Este teste vem sendo adotado como uma técnica por prática de avaliação da haste capilar, criando novas possibilidades ao médico, permitindo um diagnóstico adequado da haste capilar,21,22 e direcionando a tratamentos mais específicos.
Todas estas avaliações clínicas podem ser complementadas pelas avaliações ambulatoriais, estudo histopatológico das hastes capilares e pela biópsia de couro cabeludo para uma avaliação geral do sistema capilar do paciente.
Atualmente, existem diversas técnicas laboratoriais que podem ser utilizadas para avaliar a qualidade e as condições da fibra capilar. A microscopia aliada à tomografia de coerência óptica permitem o estudo visual da estrutura da haste. A espectroscopia e os métodos de avaliação proteica avaliam a haste do ponto de vista estrutural. Estudos de cor, brilho, análises termogravimétricas e medição de resistência mecânica (tração à ruptura), penteabilidade e elasticidade permitem estabelecer uma correlação com as propriedades físicas da haste.5,14,15
A rotina de danos externos da haste pode afetar suas propriedades mecânicas e estruturais promovendo o enfraquecimento da fibra capilar.5 A exposição cumulativa a estes fatores leva à desnaturação da queratina, à degradação dos componentes do córtex, ao rearranjo das ligações dissulfeto e à redução da resistência pela perda de proteína cortical resultando, assim, em alterações dos testes laboratoriais.14
Os exames microscópicos e de tomografia apresentam avaliações subjetivas, no entanto apresentam vantagens como o uso de mechas de cabelo e padronização dos ensaios. A Tabela 2 apresenta dados quanto às características e aos objetivos dos exames microscópicos disponíveis em ambiente laboratorial para avaliar a fibra dos cabelos e os seus danos relacionados.
A estrutura da haste capilar é composta principalmente de proteínas, fornecendo resistência à fibra. No córtex, elas compõem 80% da massa do fio de cabelo. Os métodos espectroscópicos e de avaliação da perda proteica permitem correlação estrutural com a haste capilar.5,15 Atualmente, diversos métodos são sugeridos com a finalidade de quantificar a proteína do cabelo; no entanto, não existe um método considerado universal. Os métodos espectroscópicos são baseados na absorção e na emissão de radiação eletromagnética das moléculas, que ocorre pelo movimento dos elétrons entre seus níveis de energia.28 Os métodos espectrofotométricos estão descritos na Tabela 3 e tem como objetivo principal avaliar danos da haste por tratamentos químicos e desgaste físico. Eles permitem determinar a redução da resistência à tração do cabelo humano após tratamentos químicos que modificam a forma do fio, as alterações cronológicas da queratina na fibra do cabelo virgem com os processos do envelhecimento; a influência de tratamentos químicos que promovem redução, aquecimento e oxidação na queratina do cabelo; e a estrutura da haste do cabelo branco (canice) virgem que foi submetido ao processo de alisamento permanente.5,7,29 Pode ser aplicada em pesquisas capilares quando se deseja analisar propriedades físicas, como ação de hidratante, modificações na estrutura e na morfologia da fibra do cabelo promovidas por tratamentos como clareamento e a pigmentação de cabelo.14-16 Outra aplicação da técnica é o estudo dos efeitos da radiação solar na degradação das estruturas internas do cabelo ou ainda na eficiência do uso de cosméticos fotoprotetores capilares.29,30
A exposição da fibra capilar a agressões físicas ou químicas a torna suscetível a uma grande quantidade de alterações estruturais, inclusive em sua composição proteica. Com a perda de massa cortical, ocorrem alterações estéticas, como porosidade, frizz e redução de resistência. A perda proteica pode ser avaliada por diversos ensaios quantitativos de aminoácidos e proteínas extraídas do cabelo.15,32
O sucesso ou fracasso na quantificação de proteínas depende da qualidade do processo analítico utilizado para a caracterização das amostras. A Tabela 4 apresenta os principais métodos de quantificação de proteínas e aminoácidos da fibra capilar (Figura 2).
A resistência mecânica da fibra capilar pode ser avaliada por meio de métodos baseados em suas propriedades elásticas e plásticas, utilizando uma força de tensão. A plasticidade da fibra capilar permite a extensão de cerca de 2% do seu comprimento original. Com a continuidade da carga exercida na fibra, tem-se início a fase plástica, e o cabelo estica aproximadamente 25 a 30% do comprimento antes de se romper.34-36 A Tabela 5 resume os métodos de análise física da fibra capilar.
O artigo apresenta as principais técnicas de avaliação da fibra capilar utilizadas pela indústria cosmética e centros de pesquisa, ainda pouco acessíveis e conhecidas pela área dermatológica.
Atualmente, novas tecnologias têm se destacado na área dermatológica ambulatorial, complementando a avaliação e o diagnóstico da saúde dos fios, permitindo a melhor compreensão dos distúrbios e danos da haste capilar, direcionando a tratamentos mais específicos e eficazes.
Tércio Elyan Azevedo Martins
ORCID: 0000-0002-7111-1029
Aprovação da versão final do manuscrito; concepção e planejamento do estudo; elaboração e redação do manuscrito; revisão crítica da literatura.
Andressa Costa de Oliveira
ORCID: 0000-0001-8859-5835
Aprovação da versão final do manuscrito; concepção e planejamento do estudo; elaboração e redação do manuscrito; revisão crítica da literatura; revisão crítica do manuscrito.
Beatriz Regazzi de Gusmão
ORCID: 0000-0001-6390-9447
Elaboração e redação do manuscrito; obtenção, análise e interpretação dos dados.
Alexandre de Almeida Filippo
ORCID: 0000-0001-9550-5156
Elaboração e redação do manuscrito; obtenção, análise e interpretação dos dados.
Fabiane Mulinari Brenner
ORCID: 0000-0001-7970-522X
Aprovação da versão final do manuscrito; elaboração e redação do manuscrito; participação efetiva na orientação da pesquisa; revisão crítica da literatura; revisão crítica do manuscrito.
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