2261
Views
Open Access Peer-Reviewed
Artigo Original

O uso da terapia fotodinâmica com aminolevulinato de metila e luz do dia para tratamento de queratoses actínicas

Thamiris Antonini Marçon; Beatrice Abdalla; Silvia Arroyo Rstom; Carlos D’Apparecida Santos Machado Filho; Francisco Macedo Paschoal

DOI: https://doi.org/10.5935/scd1984-8773.20191111310

Data de recebimento: 09/12/2018
Data de aprovação: 10/01/2019

Trabalho realizado na Instituição: Faculdade de Medicina do ABC - Santo André (SP), Brasil
Suporte Financeiro: Nenhum
Conflito de interesse: Nenhum


Abstract

INTRODUÇÃO: A queratose actínica (QA) é lesão pré-maligna que pode progredir para carcinoma espinocelular. O diagnóstico é clínico, dermatoscópico e por microscopia confocal. Atualmente, aborda-se o tratamento do campo cancerizável, abrangendo QAs clinicamente visíveis e subclínicas, sendo a terapia fotodinâmica (PDT) uma opção terapêutica.
OBJETIVO: Avaliar melhora das QAs e campo cancerizável em pacientes submetidos a PDT com luz do dia, com análise clínica, dermatoscópica e por microscopia confocal.
MÉTODOS: Foram selecionados dez pacientes, com múltiplas QAs na face. Realizada a PDT utilizando luz do dia com aminolevulinato de metila e feita documentação fotográfica clínica, dermatoscópica e por microscopia confocal antes do tratamento e 60 dias após seu início.
RESULTADOS: Dos nove pacientes que completaram o tratamento, oito (88,8%) apresentaram melhora clínica e regressão no grau da QA com uma sessão. Na dermatoscopia, quatro pacientes (44,4%) apresentaram melhora significativa, três pacientes (33,3%) apresentaram melhora parcial e dois pacientes (22,2%) tiveram suas lesões estáveis. Na microscopia confocal, seis (66,6%) pacientes tiveram regressão no grau da lesão.
CONCLUSÕES: A PDT com luz do dia se mostrou eficaz para tratamento de QAs, apresentando alto grau de tolerabilidade e eficácia, além de bom perfil de segurança.


Keywords: Ceratose Actínica; Dermoscopia; Fotoquimioterapia; Microscopia Confocal


INTRODUÇÃO

A queratose actínica (QA) é uma das lesões de pele que mais progride para o carcinoma espinocelular (CEC), sendo resultado de exposição excessiva à luz ultravioleta.1-3 Essas lesões podem sofrer regressão espontânea, estabilidade clínica ou progressão para CEC em percentual que varia de 0,1 a 20% dos casos em até dez anos.4 Seu diagnóstico é clínico, com base na presença de pápulas ou placas eritematosas com escamas esbranquiçadas em áreas fotoexpostas (face, couro cabeludo, colo e membros superiores).5 À dermatoscopia observam-se escamas esbranquiçadas e aberturas foliculares amareladas em base eritematosa, o que confere o aspecto de padrão em pseudorrede eritematosa ou em “morango”.6 À microscopia confocal in vivo, ferramenta de extensa aplicabilidade na clínica dermatológica, que permite visualização em nível celular com resolução quase histológica de características celulares e teciduais por um método seguro, não invasivo e em tempo real,7,8 as queratoses actínicas podem ser visualizadas pela hiperqueratose (presença de escamas esbranquiçadas e brilhantes ao exame), padrão em favo de mel irregular ou atípico nas camadas espinhosa e granulosa da epiderme, e presença de queratinócitos atípicos.6

O tratamento das queratoses actínicas é importante posto que envolve a prevenção da evolução de uma lesão pré-maligna para o carcinoma espinocelular sendo que múltiplas terapêuticas podem ser utilizadas: crioterapia com nitrogênio líquido, exérese cirúrgica, curetagem, medicações tópicas (5-fluoruracil, ácido tricloroacético, imiquimod, mebutato de ingenol e terapia fotodinâmica.2,4

Atualmente, vem sendo abordado o tratamento do campo de cancerização, definido pela presença de múltiplas queratoses actínicas em áreas fotoexpostas, associadas à presença de queratinócitos displásicos na pele adjacente (interlesional). Dessa forma, a terapêutica dessas áreas abrange tanto as queratoses actínicas, clinicamente visíveis quanto as lesões subclínicas.5

A terapia fotodinâmica (PDT) é tratamento que, por meio de reação fotoquímica em que se utilizam substância fotossensibilizante, luz e oxigênio, ocorre a destruição seletiva do tecido-alvo.9-11 Essa modalidade terapêutica pode ser empregada de forma convencional ou com a luz do dia. Na PDT convencional, os agentes aplicados sobre a lesão são posteriormente ativados por fontes de luz específicas (lâmpadas de amplo espectro, lâmpadas de diodo e lasers) e são empregados principalmente para a terapêutica de queratoses actínicas, carcinomas basocelulares de baixo risco e doença de Bowen, com rápida recuperação e ótimo resultado cosmético.9,10 Já a PDT com luz do dia é utilizada para o tratamento de queratoses actínicas graus I e II, além do campo de cancerização. A substância aplicada é o aminolevulinato de metila, que sofre metabolização contínua em protoporfirinas fotoativas, particularmente a protoporfirina IX (PpIX), levando a uma elevada sensibilidade à luz somente nas células lesionadas.10 Dessa forma, com exposição à luz solar, as moléculas de porfirina ativadas reagem com oxigênio formando espécies reativas de oxigênio (ROS) altamente tóxicas, culminando em morte celular.10,11

O objetivo deste estudo foi avaliar a melhora das queratoses actínicas e campo de cancerização em pacientes submetidos à terapia fotodinâmica com luz do dia, com aminolevulinato de metila por meio de análise clínica, dermatoscópica e com microscopia confocal.

 

MÉTODOS

De abril de 2016 a fevereiro de 2017 foram selecionados 10 pacientes do Ambulatório de Dermatologia da Faculdade de Medicina do ABC, Santo André (SP), com fototipos entre I e III de Fitzpatrick, e idades superiores a 40 anos, portadores de múltiplas queratoses actínicas (majoritariamente graus I e II) na face; esses pacientes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, e os estudo transcorreu de acordo com os princípios éticos emanados pela Declaração de Helsinque. Foi selecionada uma lesão de queratose actínica na face de cada paciente com documentação fotográfica clínica (Nikon DX AF-S Nikkor 18-105mm), dermatoscópica (Dermatoscópio 3Gen DermLite®, Estados Unidos) e com microscopia confocal (VivaScope 3000 Caliber ID®, Estados Unidos) antes do tratamento e 60 dias após seu início.

O tratamento consistiu na limpeza da pele a ser tratada com cloredixina aquosa, curetagem superficial das escamas das queratoses actínicas, aplicação de protetor solar sem filtro físico (Actinica® FPS 50, Galderma) e posterior aplicação de fina camada de aminolevulinato de metila a 16% (Metvix®, Galderma — França) em toda a região da face (conforme orientação da bula do produto), seguida de exposição solar contínua durante duas horas seguida da remoção do produto com lavagem simples da pele, e orientação de passar o resto do dia em ambientes fechados sem exposição solar.

Após 60 dias da realização da PDT luz do dia os pacientes foram reavaliados e foi realizada nova documentação fotográfica.

Uma paciente foi excluída do estudo pelo não comparecimento à reavaliação no período de 60 dias previamente estipulado.

A resposta ao tratamento foi graduada de 1 a 4 (1: melhora significativa; 2: melhora parcial; 3: estabilidade da lesão; 4: piora da lesão) nos três parâmetros a ser avaliados: quadro clínico, dermatoscopia e microscopia confocal.

 

RESULTADOS

Dos nove pacientes que completaram o tratamento proposto, quatro (44,4%) apresentaram melhora clínica significativa e quatro (44,4%) apresentaram melhora parcial. Oito dos nove pacientes (88,8%), portanto, apresentaram melhora no quadro clínico e regressão no grau da queratose actínica com uma sessão de PDT com luz do dia.

Em relação à dermatoscopia, quatro pacientes (44,4%) apresentaram melhora significativa, tendo sido levada em consideração a melhora da hiperqueratose (escamas) e do padrão “em morango”, e três pacientes (33,3%) apresentaram melhora parcial; dessa forma, sete dos nove pacientes (77,7%) apresentaram melhora do padrão dermatoscópico. Os dois pacientes (22,2%) que tiveram suas lesões estáveis foram graduados dessa forma pois, embora tivessem apresentado melhora inicial da hiperqueratose, houve uma recidiva precoce, determinando a estabilidade do padrão da lesão.

Em relação à microscopia confocal, quatro pacientes (44,4%) apresentaram melhora significativa, dois pacientes (22,2%) apresentaram melhora parcial, ou seja, 66,6% dos pacientes tiveram regressão no grau da lesão, avaliada pela melhora no padrão em favo de mel atípico (honeycomb), da hiperqueratose e de atipias celulares.

Esses resultados, assim como as características dos pacientes e local das lesões, estão representados na tabela 1 e na figura 1.

É importante ressaltar que além da melhora das queratoses actínicas avaliadas clínica e dermatoscopicamente, e pela microscopia confocal, todos os nove pacientes apresentaram melhora da qualidade global da pele da face, tanto no clareamento de manchas quanto na suavização de rítides finas e na melhora na flacidez cutânea, corroborando achado de outros estudos que apontam ter a terapia fotodinâmica efeito de melhora no fotoenvelhecimento cutâneo (Figura 2).

Durante o procedimento, todos os pacientes classificaram o tratamento como indolor, atribuindo nota zero (variando de zero a dez) à dor apresentada durante exposição solar. Os pacientes apresentaram eritema pós-tratamento que variou de um a quatro dias, e dois pacientes apresentaram edema durante dois dias.

 

DISCUSSÃO

Queratoses actínicas configuram o estágio inicial do desenvolvimento de um carcinoma espinocelular e representam importantes marcadores para pacientes com risco de desenvolvimento de câncer de pele.6 Inúmeros tratamentos são propostos visando à regressão e não progressão dessas lesões para CEC, além de melhora do campo de cancerização, tais como crioterapia com nitrogênio líquido, 5-Fluoruracil, Imiquimod e Mebutato de Ingenol.4,5 A terapia fotodinâmica, tanto convencional como com luz do dia, vem sendo muito utilizada para tratamento de queratoses actínicas e campo de cancerização, com demonstração de eficácia similar entre as duas modalidades comprovadas por estudos randomizados e multicêntricos como os de Wiegell,13,15,16,18 Rubel3 e Lacour e colaboradores.17 Este estudo corrobora a eficácia da terapia fotodinâmica com luz do dia para tratamento de QAs, posto que houve melhora das lesões, com regressão do grau, na maioria dos pacientes.

Ressaltamos ainda a importância da avaliação dessas lesões com auxílio de ferramentas diagnósticas complementares, como dermatoscopia e microscopia confocal. São poucos os estudos que utilizam esses métodos para comparação de lesões pré e pós-tratamento. Jafari e colaboradores estudaram 40 lesões de QA com uso de PDT luz do dia por meio de resposta clínica e com microscopia confocal e concluíram que 80% das lesões (n = 32) tiveram regressão total, 17,5% (n = 7) tiveram resposta parcial e apenas uma lesão se manteve inalterada; já pela microscopia confocal, concluíram que 57,5% (n = 23) das lesões não apresentavam atipia celular, e 40% (n = 16) apresentavam pouca atipia, quando comparadas ao exame pré-tratamento; notaram ainda melhora da hiperqueratose e padrão de favo de mel (honeycomb) mais regular e típico.

A maioria dos pacientes desse estudo apresentou melhora clínica (88,8%), dermatoscópica (77,7%) e pela microscopia confocal (66,6%); não podemos dizer, no entanto, que houve regressão total das lesões, resultado encontrado que discorda dos estudos prévios citados.

Salientamos ainda que todos os pacientes ficaram satisfeitos com o tratamento, consideraram o procedimento indolor e apresentaram melhora na qualidade da pele da face no geral, com suavização de rítides finas, teleangectasias e eritema, resultados já observados previamente ao tratar QA e campo de cancerização com PDT luz do dia.19

Este estudo apresenta limitações, tais como pequena amostra de pacientes (n = 9), ausência de grupo-controle e subjetividade na quantificação exata da melhora diagnóstica, por exemplo, para determinação do grau de atipia celular pela microscopia confocal; no entanto é certa a eficácia do tratamento proposto.

 

CONCLUSÃO

A terapia fotodinâmica com luz do dia se mostrou eficaz para tratamento de queratoses actínicas na região da face, com melhora demostrada nos padrões clínico, dermatoscópico e por microscopia confocal. É tratamento que se mostra como excelente opção para a terapêutica dessas lesões por apresentar alta tolerabilidade pelos pacientes, alto grau de eficácia e bom perfil de segurança.

 

AGRADECIMENTOS

Aos orientadores, Prof. Francisco Macedo Paschoal e Carlos D’Apparecida S. Machado Filho, e aos colaboradores do artigo.

 

CONTRIBUIÇÃO DOS AUTORES:

Thamiris Antonini Marçon | ORCID 0000-0002-7568-5230
Análise estatística, aprovação da versão final do original, concepção e planejamento do estudo, elaboração e redação do manuscrito, obtenção, análise e interpretação dos dados, participação efetiva na orientação da pesquisa, participação intelectual em conduta propedêutica e/ou terapêutica de casos estudados, revisão crítica da literatura, revisão crítica do original.

Beatrice Abdalla | ORCID 0000-0003-4586-1915
Elaboração e redação do original, revisão crítica do original

Silvia Arroyo Rstom | ORCID 0000-0001-89754148
Aprovação da versão final do original, concepção e planejamento do estudo, revisão crítica do original.

Carlos D’Apparecida Santos Machado Filho | ORCID 0000-0003-4362-1563
Aprovação da versão final do original, revisão crítica do original.

Francisco Macedo Paschoal | ORCID 0000-0002-6264-1538
Concepção e planejamento do estudo, participação efetiva na orientação da pesquisa, revisão crítica do original.

 

REFERÊNCIAS

1. Salasche SJ. Epidemiology of actinic keratoses and squamous cell carcinoma. J Am Acad Dermatol. 2000;42(1Pt 2):4-7.

2. Wiegell SR. Daylight photodynamic therapy for actinic keratosis: an international consensus: International Society for Photodynamic Therapy in Dermatology. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2012;26(6):673-679.

3. Rubel DM. Daylight PDT with methyl aminolevulinate cream as a convenient, similarly effective, nearly painless alternative to conventional PDT in actinic keratosis treatment: a randomised controlled trial. Br J Dermatol. 2014;171(5):1164-1171.

4. Costa C, Scalvenzi M, Ayala F, Fabbrocini G, Monfrecola G. How to treat actinic keratosis? An update. J Dermatol Case Rep. 2015;9(2):29-35.

5. Stockfleth E, Ortonne J-P, Alomar A. Actinic keratosis and field cancerisation. Eur J Dermatol 2011; 21: 1-12.

6. Zalaudek I, Piana S, Moscarella E, Longo C, Zendri E, Castagnetti F, et al . Morphologic grading and treatment of facial actinic keratosis. Clin Dermatol. 2014;32(1):80-7.

7. Selkin B, Rajadhyaksha M, Gonzalez S, Langley RG. In vivo confocal microscopy in dermatology. Dermatol Clin. 2001;19(2):369-77.

8. Aghassi D, Anderson R, Gonzalez S. Confocal laser microscopic imaging of actinic keratoses in vivo: a preliminary report. J Am Acad Dermatol. 2000;43(1 Pt 1):42-8.

9. Issa MCA, Manela-Azulay M. Terapia fotodinâmica: revisão da literatura e documentação iconográfica. An Bras Dermatol. 2010;85(4):501-11.

10. Torezan L, Niwa ABM, Festa Neto C. Photodynamic therapy in dermatology: basic principles. An Bras Dermatol. 2009;84(5):445-5.

11. Rubel DM, Spelman L, Murrell DF, See JA, Hewitt D, Foley P, et al. Daylight photodynamic therapy with methyl aminolevulinate cream as a con-venient, similarly effective, nearly painless alternative to conventional photodynamic therapy in actinic keratosis treatment: a randomized controlled trial. Br J Dermatol. 2014;171(5):1164-71.

12. Braathen LR, Szeimies RM, Basset-Seguin N, Bissonnette R, Foley P, Pariser D, et al. Guidelines on the use of photodynamic therapy for nonmelanoma skin cancer: an international consensus. International Society for Photodynamic Therapy in Dermatology, 2005. J Am Acad Dermatol. 2007;56(1):125-43.

13. Wiegell SR, Fabricius S, Stender IM, Berne B, Kroon S, Andersen BL, et al. A randomized, multicentre study of directed daylight exposure times of 1½ vs. 2½ h in daylight-mediated photodynamic therapy with methyl aminolaevulinate in patients with multiple thin actinic keratoses of the face and scalp. Br J Dermatol. 2011;164(5):1083-90.

14. Jafari SMS, Timchik T, Hunger RE. In vivo confocal microscopy efficacy assessment of daylight photodynamic therapy in actinic keratosis patients. Br J Dermatol. 2016;175(2):375-381.

15. Wiegell SR, Fabricius S, Gniadecka M, Stender IM, Berne B, Kroon S, et al. Daylight-mediated photodynamic therapy of moderate to thick actinic keratoses of the face and scalp: a randomized multicentre study. Br J Dermatol. 2012;166(6):1327-32.

16. Wiegell SR, Haedersdal M, Philipsen PA, Enk CD, Wulf HC. Continuous activation of PpIX by daylight is as effective as and less painful than conventional photodynamic therapy for actinic keratoses; a randomized, controlled, single-blinded study. Br J Dermatol. 2008;158(4):740-746.

17. Lacour JP, Ulrich C, Gilaberte Y, Von Felbert V, Basset-Seguin N, Dreno B, et al. Daylight photodynamic therapy with methyl aminolevulinate cream is effective and nearly painless in treating actinic keratoses: a randomised, investigator-blinded, controlled, phase III study throughout Europe. J Eur Acad Dermatol Venereol. 2015;29(12):2342-8.

18. Wiegell SR, Haedersdal M, Eriksen P, Wulf HC. Photodynamic therapy of actinic keratoses with 8% and 16% methyl aminolaevulinate and home-based daylight exposure: a double-blinded randomized clinical trial. Br J Dermatol. 2009;160(6):1308-14.

19. Morton CA, McKenna KE, Rhodes LE, British Association of Dermatologists Therapy Guidelines and Audit Subcommittee and the British Photodermatology Group. Guidelines for topical photodynamic therapy: update. Br J Dermatol. 2008;159(6):1246-66.


Licença Creative Commons All content the journal, except where identified, is under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International license - ISSN-e 1984-8773