Célia Kalil1; Luciane Zagonel2; Valéria Barreto Campos2; Christine Chaves Prato3; Clarissa Reinehr4; Patrícia França5; Pedro Vargas3
Fonte de financiamento: Nenhuma.
Conflito de interesses: Nenhum.
Data de Submissão: 19/03/2024
Decisão final: 14/08/2024
Como citar este artigo: Kalil CLPV, Zagonel L, Campos VB, Prato CC, Reinehr C, França P, et al. Suplementação oral do nutracêutico decarboxicarnosina HCl para rítides e rejuvenescimento da pele. Surg Cosmet Dermatol. 2025;17:e20250360.
INTRODUÇÃO: Os produtos finais de glicação avançada (AGEs) são compostos estáveis formados por reações não enzimáticas entre grupos amino de biomacromoléculas e grupos carbonila de açúcares redutores. Os AGEs são conhecidos por desempenharem um papel em várias doenças, como diabetes, doenças cardiovasculares e distúrbios neurodegenerativos, além de contribuírem para o envelhecimento precoce da pele. A decarboxicarnosina HCl, um análogo estável da carnosina, demonstrou potencial na redução dos efeitos da glicação.
OBJETIVO: Avaliar os efeitos da suplementação oral com Glycoxil®, uma molécula patenteada de decarboxicarnosina HCl, sobre os sinais de envelhecimento da pele em participantes com pele madura.
MÉTODOS: Este estudo randomizado, duplo-cego e controlado por placebo envolveu 30 participantes com idades entre 30 e 50 anos, com fototipos I a IV e sinais clínicos de envelhecimento cutâneo (por exemplo, rítides). Os participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu 300 mg de Glycoxil® diariamente durante 90 dias, enquanto o outro recebeu placebo. Produtos de cuidados com a pele padronizados foram fornecidos, e os participantes passaram por avaliações utilizando os sistemas de imagem Visia® e Focco® nos momentos iniciais (T0), 45 dias (T45) e 90 dias (T90). A análise estatística foi realizada utilizando o RStudio, aplicando os testes de análise de variância (ANOVA) e Wilcoxon, com significância definida em p < 0,05.
RESULTADOS: Dos 30 participantes, 18 foram analisados com o Focco® e 22 com o Visia®. As avaliações objetivas não mostraram diferenças estatísticas entre os grupos na melhora das rítides em T0, T45 ou T90. No entanto, pequenas melhorias foram observadas no grupo Glycoxil® em T45 e T90. Dermatologistas cegados observaram melhorias na hidratação, firmeza e textura em ambos os grupos, com alguns participantes do grupo Glycoxil® relatando um resultado "bom" ou "muito bom". Nenhum efeito adverso foi relatado.
CONCLUSÕES: Embora não tenham sido encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos, os achados sugerem que o Glycoxil® pode contribuir para pequenas melhorias nos sinais de envelhecimento da pele, em concordância com a literatura existente sobre estratégias antiglicação. Recomenda-se a realização de novos estudos com amostras maiores, períodos de acompanhamento mais longos e métodos analíticos avançados para confirmar esses resultados preliminares.
Keywords: Reação de Maillard; Agentes Antiglicação; Produtos Finais de Glicação Avançada.
Os produtos finais de glicação avançada (AGEs) são um grupo de compostos com várias estruturas diferentes, resultantes de reações não enzimáticas entre açúcares redutores e proteínas, lipídios ou ácidos nucleicos, seguidas por modificações adicionais que originam produtos finais estáveis e irreversíveis. Essas moléculas bioquímicas são capazes de se ligar a diversos tipos celulares e a receptores de AGEs (RAGEs), com diversas implicações biológicas1.
Métodos de cozimento, como assar e grelhar em altas temperaturas, facilitam as reações químicas entre os grupos amino primários e secundários dos aminoácidos em proteínas e os grupos carbonila dos açúcares redutores, levando à formação de AGEs. Essa reação é conhecida como reação de Maillard2. Nas últimas décadas, os AGEs despertaram o interesse da comunidade científica devido às crescentes evidências de seu envolvimento em vários processos fisiopatológicos e doenças, como câncer, diabetes, doenças neurodegenerativas, eventos cardiovasculares e até mesmo infecção pelo vírus SARS-CoV-23,4.
Diversos estudos mostraram que um nível moderado de espécies reativas de oxigênio (EROs) é importante para diversas funções fisiológicas, pois as EROs desempenham um papel crucial em vários mecanismos de defesa. No entanto, com o aumento do consumo de alimentos processados na dieta ocidental, a ingestão de AGEs aumentou drasticamente, levando à descoberta do primeiro biomarcador de glicação, a hemoglobina glicada (HbA1c)5,6. Ligações cruzadas entre AGEs e proteínas estruturais como o colágeno e a elastina são responsáveis pelo endurecimento da matriz extracelular (MEC) e frequentemente estão envolvidas na disfunção orgânica e vascular. Essas proteínas, devido a suas longas meia-vidas e exposição direta a altos níveis de glicose extracelular, são particularmente suscetíveis à glicação. Os produtos de glicação de proteínas podem desencadear um processo inflamatório complexo e crônico, envolvendo várias citocinas, incluindo fator nuclear κB (NFκB), interleucina (IL) 6, IL-2 e fator de necrose tumoral α (TNF-α). Esses sinais aumentados e repetitivos podem potencializar pequenas, mas importantes, alterações epigenéticas que levam a efeitos significativos no envelhecimento da pele, como perda de firmeza, pigmentação da pele, rugas e rigidez7-10.
A carnosina (β-alanil-L-histidina) é um dipeptídeo naturalmente presente em muitos organismos que tem demonstrado potencial em interferir com os AGEs. Embora seu mecanismo de ação exato ainda não tenha sido totalmente elucidado, sugere-se que tanto o grupo amino livre derivado da β-alanina quanto o anel imidazol da histidina competem com os grupos amino das proteínas na presença de compostos dicarbonílicos reativos11,12. No entanto, a carnosina tem baixa biodisponibilidade devido à sua rápida hidrólise pela carnosinase, uma enzima com duas isoformas encontradas no plasma e nos rins. Essa limitação levou à busca por um composto mais estável e biodisponível13,14. A carcinina é um análogo importante da carnosina, com estabilidade notável quando comparada a outras moléculas derivadas. A depleção do ácido carboxílico na estrutura na posição β aumenta a estabilidade e a biodisponibilidade, ao mesmo tempo em que torna sua hidrólise pela carnosinase desprezível13,14.
Considerando as crescentes evidências biológicas sobre os AGEs e seu impacto na saúde geral e nos sinais prematuros de envelhecimento da pele na civilização ocidental, este estudo teve como objetivo avaliar voluntários com sinais de pele madura que responderam ao tratamento oral com Glycoxil®, uma molécula patenteada de decarboxicarnosina HCl.
Este é um estudo prospectivo, randomizado e duplo-cego, com duração de 90 dias, conduzido em duas clínicas dermatológicas privadas e independentes. Trinta e dois participantes com idades entre 30 e 50 anos, fototipos I a IV, apresentando sinais de envelhecimento cutâneo com a presença de rítides, foram selecionados nas cidades de Porto Alegre e Jundiaí, Brasil. Os participantes foram orientados a usar apenas os produtos fornecidos pelos investigadores, incluindo hidratante facial produzido pela Farmatec (glicerol 5%, dimeticona 3%, Hyaxel 1% e DSH CN 3% Q.S., Omega Gold Cream), protetor solar incolor Anthelios Hydraox (La Roche-Posay) e sabonete facial neutro.
Os critérios de exclusão incluíram: uso atual ou nos 6 meses anteriores de retinoides orais; uso de terapia com corticosteroides sistêmicos, imunossupressores ou imunobiológicos; uso de medicamentos tópicos contendo retinoides ou hidroquinona; procedimentos estéticos como lasers, peeling, microagulhamento, toxina botulínica e bioestimuladores de colágeno realizados nos últimos 6 meses; cirurgia plástica facial realizada nos últimos 12 meses; doenças que comprometam a estrutura da pele (por exemplo, colagenose); doenças autoimunes ou infecção ativa; gestantes, mulheres em fase de amamentação ou que desejem engravidar durante o período do estudo; não utilização de contracepção eficaz; presença de lesão suspeita de neoplasia na face; hipersensibilidade a qualquer componente da fórmula ou cápsula, bem como às formulações tópicas utilizadas; ou uso de suplemento oral nos últimos 6 meses para melhoria da pele (por exemplo, suplementos de colágeno, sílica orgânica ou antioxidantes).
A metodologia de análise foi adaptada de Kalil et al.¹⁵ Os pacientes foram alocados de forma aleatória em dois grupos: um grupo usou o suplemento oral decarboxicarnosina HCl (Glycoxil®) 300 mg/dia durante 90 dias, enquanto o outro grupo usou placebo (celulose microcristalina) como controle negativo. Os resultados foram analisados com o equipamento Visia® para os participantes em Jundiaí e o equipamento Focco® para os participantes em Porto Alegre, com fotos frontais e laterais antes, durante (45 dias) e após o tratamento (90 dias).
As avaliações consistiram em avaliações subjetivas realizadas pelos participantes, utilizando a escala de melhora estética global (GAIS) e a escala de classificação da gravidade das rugas (WSRS), além de avaliações objetivas da eficácia (Visia®) realizadas por dois dermatologistas. A análise descritiva foi conduzida para variáveis qualitativas e quantitativas, além de uma avaliação das variáveis quantitativas em relação aos resultados do estudo.
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) sob o número 53636521.5.1001.5412, em 24/08/2022. Todos os participantes inscritos neste estudo assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido.
A avaliação objetiva foi realizada utilizando Visia® e Focco®, que requerem posicionamento preciso do paciente durante a aquisição das imagens para garantir a qualidade das fotos, sendo que a mesma posição deve ser adotada pelo paciente nas imagens de acompanhamento. Os sistemas de imagens Visia® e Focco® avaliam com precisão o aspecto das rítides da pele.
A análise clínica foi realizada por um dermatologista cegado para o estudo, que revisou as imagens pareadas captadas no início, no 45º dia e no 90º dia. A avaliação clínica foi baseada na classificação de rugas, hidratação, firmeza, textura e brilho. as respostas foram classificadas em cinco grupos: 1 - Resultado muito bom; 2 - Resultado bom; 3 - Resultado leve; 4 - Nenhum resultado; e 5 - pior do que antes.
As avaliações de melhoria autorrelatadas foram feitas a partir de duas medidas: a melhoria global, classificada como 1 – não ou 2 - sim; e a GAIS, sendo: 1 - resultado muito bom, 2 - resultado bom, 3 - resultado leve, 4 - nenhum resultado e 5 - pior do que antes. Os pacientes também relataram a tolerabilidade ao tratamento com base nos seguintes critérios: 1 - sintomas gastrointestinais; 2 - erupção cutânea; 3 - alergia cutânea; e 4 - vermelhidão por exposição a raios ultravioletas (UV).
Os dados foram analisados utilizando o software RStudio (Posit, Boston, EUA). A análise paramétrica foi realizada com a análise de variância (ANOVA), e a análise não paramétrica foi realizada com o teste de Wilcoxon. No teste de Wilcoxon, foi aplicado o teste de comparações múltiplas (post-hoc) para identificar a diferença; no caso da ANOVA para medidas repetidas, foi utilizado o teste t para dados pareados ajustado pelo método de Bonferroni. A diferença estatística considerada foi *p < 0,05 e #p < 0,07 como tendência.
O estudo envolveu 30 participantes, sendo que 18 foram analisados com o equipamento Focco® (9 em cada grupo) e 22, com o equipamento Visia® (11 em cada grupo). Nenhum paciente estava em tratamento com isotretinoína ou havia sido submetido a qualquer procedimento dermatológico.
A avaliação objetiva das rítides utilizando o software Focco® entre os grupos é apresentada na Figura 1. A análise não mostrou diferença estatística entre as comparações na linha de base (T0), T45 e T90. Resultados similares foram encontrados utilizando o software Visia®, conforme apresentado na Figura 2.
Tendo em vista que o Focco® e Visia® são softwares com metodologias diferentes, a comparação entre eles não é possível.
Além disso, os dermatologistas examinaram as fotos de forma cega para avaliar hidratação, firmeza, textura e brilho entre os dois grupos (placebo e decarboxicarnosina HCl). Esses parâmetros são apresentados nas tabelas 1 (Focco®) e 2 (Visia®). A Figura 3 apresenta uma amostra dos participantes que concluíram o estudo, mostrando melhoria no aspecto das rítides.
Os AGEs são um grupo de compostos estáveis formados por reações não enzimáticas entre os grupos amino de biomacromoléculas e os grupos carbonila livres de glicose ou outros açúcares redutores, geralmente produzidos por alimentos processados termicamente16. Os AGEs foram relacionados à origem de diversas doenças, como aterosclerose, diabetes, doença renal crônica e doenças neurodegenerativas, ao se ligarem aos RAGEs no corpo humano17,18.
Há evidências de que os AGEs também podem afetar diversas estruturas e funções fisiológicas da pele19. Durante o processo de envelhecimento, a ingestão excessiva de AGEs ou alimentos ultraprocessados, que aumentam a síntese interna desses compostos, pode desencadear um estado de inflamação subclínica, levando ao envelhecimento precoce da pele20. Proteínas estruturais como o colágeno e a elastina são particularmente suscetíveis à glicação, o que leva à perda de função, pois a reação de Maillard pode promover a ligação cruzada de colágeno, comprometendo suas propriedades mecânicas21.
O processo de envelhecimento da pele é complexo, influenciado por componentes genéticos e individuais, assim como por fatores externos como tabagismo, poluição, exposição UV, dieta e exercícios22. O processo de cicatrização também é comprometido em peles envelhecidas, dificultando a recuperação após lesões espontâneas ou procedimentos cirúrgicos22. Com o progresso de envelhecimento, o corpo acumula uma grande quantidade de radicais livres e substâncias que podem acelerar o envelhecimento da pele, causando rugas acentuadas, perda de firmeza, rugosidade e manchas escuras23. A diminuição na produção de proteínas estruturais como colágeno, elastina e MEC contribui para o surgimento de rítides e outros sinais de envelhecimento da pele24.
De acordo com a literatura e estudos conduzidos pela Exsymol (Monaco), desenvolvedora da decarboxicarnosina HCl, esse nutracêutico reduz a glicação do colágeno induzida pelo malondialdeído, inibe a peroxidação lipídica e protege o DNA dos danos da exposição à radiação UV-B (Exsymol, Monaco). A decarboxicarnosina HCl é uma molécula patenteada, um análogo da carnosina13,14. Em um estudo recente, duplo-cego e controlado por placebo, com 38 voluntários com sobrepeso suplementados com decarboxicarnosina HCl 200 mg/dia, os autores apresentaram uma redução significativa em biomarcadores importantes como HbA1c, frutosamina, colesterol total e níveis de insulina25.
O presente estudo descreve, pela primeira vez, os possíveis benefícios de 90 dias de tratamento com Glycoxil® (decarboxicarnosina HCl). Na análise com o equipamento Focco®, o grupo controle (tratado com decarboxicarnosina HCl) apresentou uma leve melhora entre T0 e T90. De forma similar, o grupo Visia® apresentou uma leve, mas significativa melhora no T45, embora o resultado não tenha persistido, potencialmente devido a fatores intrínsecos, curto período de acompanhamento e limitações técnicas.
Nossos resultados mostraram que as rítides melhoraram tanto nas avaliações com o Focco® quanto com o Visia®, indicando que os dados são clinicamente relevantes e estão em concordância com estudos que utilizam esses sistemas de imagem. No entanto, estudos de maior escala e com populações mais representativas devem ser conduzidos para confirmar a eficácia desse tratamento.
Todos os pacientes toleraram bem o tratamento, não relataram efeitos adversos e afirmaram que utilizariam o produto novamente. A pesquisa sobre produtos e procedimentos de beleza está sempre evoluindo, com a introdução de novas ferramentas e tecnologias para elucidar os mecanismos de ação e os marcadores moleculares envolvidos no processo de envelhecimento. Entretanto, os suplementos que ajudam a combater os sinais de envelhecimento ainda são recentes, com apenas alguns disponíveis no mercado com um bom embasamento científico, como os peptídeos de colágeno26. Embora nosso estudo não tenha encontrado uma significância estatística entre os grupos, o processo de glicação continua sendo um processo prejudicial amplamente elucidado na literatura27-31. Nosso estudo apresenta algumas limitações, como o curto período de acompanhamento, o tamanho reduzido da amostra e a ausência de análises mais complexas com amostras histopatológicas ou técnicas analíticas avançadas. Assim, os autores reconhecem a necessidade de futuros estudos com amostras maiores, períodos de acompanhamento mais longos e avaliações mais complexas.
Célia Kalil
ORCID: 0000-0002-1294-547X
Aprovação da versão final do manuscrito; participação efetiva na orientação da pesquisa; participação intelectual em conduta propedêutica e/ou terapêutica de casos estudados.
Luciane Zagonel
ORCID: 0000-0002-7687-6557
Aprovação da versão final do manuscrito; concepção e planejamento do estudo; obtenção, análise e interpretação dos dados; participação efetiva na orientação da pesquisa; revisão crítica da literatura; revisão crítica do manuscrito.
Valéria Barreto Campos
ORCID: 0000-0002-3350-8586
Aprovação da versão final do manuscrito; concepção e planejamento do estudo; obtenção, análise e interpretação dos dados; participação efetiva na orientação da pesquisa; revisão crítica do manuscrito.
Christine Chaves Prato
ORCID: 0000-0001-8861-6499
Aprovação da versão final do manuscrito; participação efetiva na orientação da pesquisa; revisão crítica da literatura; revisão crítica do manuscrito.
Clarissa Reinehr
ORCID: 0000-0003-1811-4519
Aprovação da versão final do manuscrito; concepção e planejamento do estudo; obtenção, análise e interpretação dos dados; participação efetiva na orientação da pesquisa; revisão crítica do manuscrito.
Patrícia França
ORCID: 0000-0002-2047-4161
Aprovação da versão final do manuscrito; participação intelectual em conduta propedêutica e/ou terapêutica de casos estudados; revisão crítica do manuscrito.
Pedro Vargas
ORCID: 0009-0004-5404-8832
Análise estatística; aprovação da versão final do manuscrito; elaboração e redação do manuscrito; revisão crítica da literatura; revisão crítica do manuscrito.
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