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Artigo Original

Perfil de ácidos graxos livres em pacientes com acne vulgar

Farida Tabri1; Anis Irawan Anwar1; Nasrum Massi2; Ilham Jaya Patellongi3; Rahmawati Anwar1

DOI: https://doi.org/10.5935/scd1984-8773.20181021168

Data de recebimento: 25/03/2018

Data de aprovação: 11/05/2018


Trabalho realizado no Departamento de Dermatologia e Venereologia e no Departamento de Microbiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Hasanuddin, e no Departamento de Fisiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Hasanuddin – Macáçar, Indonésia.

Suporte Financeiro: Nenhum

Conflito de Interesses: Nenhum


Abstract

Introdução: A acne vulgar é um distúrbio inflamatório que afeta a unidade pilossebácea, apresentando alta prevalência entre adultos jovens. Estudos sugerem que os ácidos graxos livres (AGL) podem influencia-la, contudo, sua patogênese ainda não é totalmente conhecida.
Objetivo: Analisar a correlação entre o nível de ácidos graxos livres e a gravidade da acne vulgar.
Métodos: Quarenta e três alunas de ensino médio portadoras de acne leve, moderada e grave foram incluídas neste estudo. O nível de ácidos graxos livres, representado pelo nível de ácido palmítico, foi medido por cromatografia gasosa enquanto a detecção do Propionibacterium acnes foi realizada através do PCR. O teste de Mann-Whitney foi utilizado para analisar a mediana da diferença do nível de ácido palmítico entre os grupos com diferentes graus de severidade da acne vulgar. Os resultados foram considerados significativos para valores de p <0,05.
Resultados: Catorze pacientes (32,6%) apresentaram acne vulgar leve, enquanto 14 e 15 pacientes apresentaram acne vulgar moderada e grave, respectivamente. Os grupos com acne grave e moderada apresentaram um nível de ácido palmítico significativamente maior quando comparado ao grupo com acne leve (p <0,05). O nível de ácido palmítico não foi associado à presença de P. acnes.
Conclusões: O aumento do nível de ácido palmítico mostrou-se associado à gravidade da acne. Assim, os níveis de AGL podem ser usados como marcadores para determinar a gravidade da acne vulgar.


Keywords: Ácidos graxos não esterificados, Acne vulgar, Propionibacterium acnes, Reação em cadeia da polimerase


INTRODUÇÃO

A acne vulgar é uma doença inflamatória crônica das unidades pilossebáceas1; as lesões podem ser não-inflamatórias (comedões abertos e fechados) ou inflamatórias (pápulas e pústulas).2 A acne vulgar ocorre principalmente na adolescência e pode causar hiperpigmentação e formação de cicatrizes pós-inflamatórias.3 Um estudo realizado por Bhate e colaboradores mostrou que a acne pode ser encontrada em cerca de 20% dos adultos jovens. Além disso, a acne tem alta persistência, sendo que 43% das pessoas com mais de 30 anos de idade ainda apresenta acne. A acne também tem uma forte predisposição genética, sendo que 80% dos casos podem ter sido herdados de parentes próximos.3

A patogênese da acne ainda não é totalmente compreendida. No entanto, quatro mecanismos (hiperqueratinização folicular, colonização por Propionibacterium acnes, produção de sebo e complexos mecanismos inflamatórios envolvendo o sistema imune inato e adaptativo) têm sido amplamente aceitos como processos subjacentes à acne.4 Suspeita-se que o P. acnes possa ter um papel importante na patogênese da acne, pois causa dano tecidual através da liberação de várias enzimas, entre elas a lipase, que decompõe os triglicérides em glicerol e ácidos graxos livres (AGL), levando a um influxo de neutrófilos através da quimiotaxia.5 Um estudo mostrou que os AGLs induzem o crescimento de P. acnes e a queratinização folicular anormal.6 Acredita-se que os AGLs interfiram na dinâmica do cálcio intracelular nos queratinócitos foliculares e na bicamada lipídica intercelular epidermica.7 Entre todos os tipos de AGLs, o ácido palmítico se mostra o mais abundante.8 Tem sido demonstrado que o ácido palmítico pode estimular a liberação de várias citocinas proinflamatórias, contribuindo para a hiperqueratinização do ducto pilossebáceo e para a inflamação na acne.9

Curiosamente, outro estudo realizado por Desboies et al., mostrou que os AGLs têm a capacidade de impedir a fixação bacteriana na pele. O mecanismo de ação desses ácidos graxos ocorre geralmente nas membranas celulares, através do sistema de transporte ativo de elétrons e da fosforilação oxidativa. Os AGLs também inibem a atividade enzimática, a entrada de nutrientes, a formação de peroxidases e a auto-oxidação. Os AGLs também têm o potencial de ajudar a reduzir a gravidade da acne vulgar.10

Esses dados conflitantes estimulam mais investigações acerca do papel dos AGLs na patogênese da acne. Dessa forma, este estudo tem como objetivo avaliar a associação entre os AGLs na pele facial -tendo o ácido palmítico como componente aferido- com a gravidade da acne e a presença de P. acnes.

 

MÉTODOS

Este estudo transversal foi realizado em uma escola de ensino médio, em uma área urbana (cidade de Makassar, Indonésia), entre os meses de julho e agosto de 2017. Após receberem esclarecimentos sobre o estudo, foi solicitado que os indivíduos que concordaram, assinassem um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Ref. Number; 145 /H4.8.4.5.31/PP36-KOMETIK/2017, Comitê de Ética da Universidade de Hasanuddin). Os indivíduos que não haviam feito uso de retinóides, antibióticos ou anti-inflamatórios no mês anterior foram avaliados quanto à gravidade da acne segundo os Critérios de Lehman e classificados em acne vulgar leve, moderada ou grave.11 Tais indivíduos também receberam questionários para descrever os antecedentes familiares de acne e os hábitos alimentares.

O sebo foi extraído utilizando-se um papel absorvente humedecido em acetona e éter dietílico na proporção de 1:1 e, subsequentemente, metilado com solução de hidróxido de feniltrimetilamina a 0,2M em metanol. A cromatografia gasosa foi utilizada para examinar o produto. A referência-padrão utilizada foi o componente FAME Mix do Supelco® 37. A concentração-padrão utilizada para o ácido palmitico foi de 601ppm, injetados no cromatógrafo gasoso. A análise foi feita com auxílio de um autosampler (Ultra Shimadzu GC-MS QP 2010) com um injetor splitless. As separações foram realizadas usando a coluna capilar SH-Rxi-5Sil MS (30m x 0.25mm). O gás Hélio foi utilizado como gás de transporte a taxas de fluxo de 1,99 ml/min e um índice splitless de 1:10. A temperatura do injetor foi ajustada em 2.500°C. A temperatura do forno foi programada para 1.400°C e após 10 minutos aumentada para 2.500°C, com um fluxo de 70°C/min. Essa temperatura foi mantida por 10 minutos adicionais, resultando em um tempo total de análise de 35,71 minutos. A espectrometria de massas foi medida numa faixa correspondente a 40-500 m/z, ao passo que as temperaturas da fonte iônica e da interface, foram aferidas em 2.100°C e 2.550°C, respectivamente, com tempo de corte do solvente de 3 minutos. Uma amostra de lesões de comedões foi analisada quanto à presença de P. acnes através de PCR (Biorad®, Califórnia, EUA) de acordo com a seguinte sequência de primers: forward (PR 264): 5-GCA GGC AGA GTT TGA CAT CC-3, reverse (PPA.R): 5-ATG TTG AGG GCG GTG ACG TT-3 e target ban 344 pb.

A análise dos dados foi feita por meio do Pacote Estatístico para Ciências Sociais (Statistical Package for the Social Sciences - SPSS) 18.0 para Windows (SPSS Inc. Chicago, IL, EUA). O teste de Mann-Whitney foi utilizado para analisar a diferença da mediana do ácido palmítico entre os grupos com diferentes graus de gravidade da acne vulgar. Valores de p <0,05 foram considerados significativos.

 

RESULTADOS

A tabela 1 mostra os dados demográficos e características básicas da população estudada. Foram incluídos 43 indivíduos, sendo que a maioria dos pacientes era do sexo masculino (76,7%) e adolescente (15,77 ± 0,84 anos). Pode-se observar que 25 pacientes (58,1%) tinham história familiar positiva, enquanto 18 pacientes (41,9%) não tinham histórico da doença. Com relação aos hábitos alimentares, 7 pacientes (16,3%) consumiam leite, 3 pacientes (7,0%) consumiam chocolate, enquanto 31 pacientes (72,1%) consumiam alimentos gordurosos. Dois indivíduos (4,7%) consumiam alimentos ricos em açúcar. Quatorze (32,6%) indivíduos foram incluídos na categoria de acne leve e moderada, respectivamente, ao passo que 15 pacientes (34,9%) foram incluídos na categoria de acne grave. A mediana do nível de ácidos graxos livres foi de 24.358 ppm e o resultado positivo do PCR para P. acnes foi obtido em 5 pacientes (11,6%), tendo sido negativo em 38 pacientes (88,4%).

A concentração de AGLs na acne grave (mediana = 30.400 ppm) foi significativamente maior do que no grau leve (mediana = 12.746 ppm) (p <0,05). O nível verificado de ácidos graxos na acne moderada também se mostrou significativamente maior do que no grau leve. No entanto, não houve diferença significativa nos níveis de AGLs entre os pacientes com acne moderada e grave (Figura 1). Não houve diferença significativa entre o nível de AGLs em pacientes com PCR positivo e P. acnes negativo (Figura 2).

 

DISCUSSÃO

O presente estudo mostra que o nível de AGLs influencia a gravidade da acne vulgar. Este resultado está em concordância com outro estudo que evidenciou o importante papel da P. acnes na patogênese da acne através da liberação da enzima lipase, que decompõe os triglicerídeos em glicerol e ácidos graxos livres, os quais causam inflamação e dano tecidual.5 Adicionalmente, um artigo de revisão também mostrou que os produtos da peroxidação de ácidos graxos são capazes de induzir inflamação através da ativação de receptores ativados por proliferadores de peroxissomas (PPARs ), com PPARα e PPARγ atuando como as principais isoformas.12

Dados obtidos no presente estudo mostraram que quanto maiores os níveis de ácido palmítico na face, maior o grau de gravidade da acne. Os níveis de ácido palmítico na pele facial de pacientes com acne severa e moderada mostraram-se significativamente maiores do que no grau leve.. Katsuta et al. (2005) mostraram que a aplicação de AGLs em orelhas de coelhos e camundongos induz hiperqueratinização e hiperplasia epidérmica similares àquelas da formação de comedões.5 Além disso, suspeita-se que AGLs também afetem queratinócitos foliculares e estruturas da bicamada lipídica da epiderme, que podem por sua vez afetar a ocorrência de acne. Ainda que o estudo de Youn (2015) não tenha elaborado o conteúdo do sebo, foi demonstrado que uma maior quantidade de sebo foi encontrada na pele facial de pacientes com acne.13

Entretanto, um resultado interessante demonstrou em um recente ensaio clínico que a administração de limeciclina levou a um aumento nos níveis de AGLs.14 Contudo, a condição clínica antes e após o tratamento não foi estudada, não sendo possível concluir que houve correlação com uma melhora ou piora da doença. Uma possível explicação para essa diferença é a deficiência de ácido linoleico e de ácido α-linoleico em nossos pacientes, provocando compensação na forma de aumento dos níveis dos ácidos palmítico e oleico.15 Estudos sugeriram que a deficiência de ácido linoleico pode aumentar a PGE-2, um potente mediador inflamatório, comumente encontrado em pacientes com acne vulgar.16 Isso pode explicar o nível mais elevado de ácido palmítico em indivíduos com acne mais grave no presente estudo.

Um resultado diferente também foi descrito por Pappas (2009), em que os níveis de AGLs em pacientes com acne foram baixos. Nesse estudo, o número de pacientes era limitado e os autores não explicaram quantos indivíduos e controles participaram da análise.7 Essa diferença pode ser causada pelo consumo nutricional, no qual a dieta com baixo índice glicêmico foi associada ao aumento dos níveis de AGLs e de incidência de acne.17

Dados do presente estudo mostraram que os níveis de AGLs em pacientes com resultados PCR-positivos para P. acnes não diferiram significativamente daqueles em pacientes com resultados PCR-negativos. Conclusões semelhantes foram obtidas por Akaza et al., onde, embora os níveis de AGLs tenham desempenhado algum papel na queratinização anormal e terem induzido à formação de comedões, as quantidades de pacientes portadores de P. acnes em pacientes com e sem acne não se mostrou significativamente diferente.18 Isto pode ser devido a outras bactérias comensais, como a S. epidermidis, que pode produzir lipase, que por sua vez causa a hidrólise do triglicerídeo do sebo e produz AGLs.6 Essas conclusões sugerem que há outros fatores, além dos níveis de AGLs, que podem afetar o crescimento da P. acnes.

O presente estudo corresponde a uma análise inicial, realizada para avaliar a prevalência da acne vulgar na população adolescente de uma área urbana e sua associação com o nível de AGL, dessa forma fornecendo uma base para futuros estudos nesse campo. Da mesma forma, os autores incluíram um número de participantes apenas suficiente para obter um resultado válido. No entanto, por ser um estudo preliminar, o presente estudo foi realizado em apenas uma população, implicando que a população estudada fosse homogênea.

 

CONCLUSÃO

O resultado do presente estudo mostra que os níveis de AGLs afetam o grau de acne vulgar e que o aumento do nível de AGLs pode ser associado à intensificação da gravidade da acne. Assim, os níveis de AGLs podem ser utilizados como um dos marcadores na determinação da gravidade da acne vulgar.

 

CONTRIBUIÇÃO DOS AUTORES:

Farida Tabri | ORCID 0000-0003-4913-0909
Concepção e planejamento do estudo, aquisição de dados (laboratoriais ou clínicos), análise e/ou interpretação dos dados, elaboração e/ou revisão crítica do manuscrito, aprovação da versão final do manuscrito.

Anis Irawan Anwar | ORCID 0000-0002-3124-4070
Concepção e planejamento do estudo, análise e/ou interpretação dos dados, elaboração e/ou revisão crítica do manuscrito, aprovação da versão final do manuscrito.

Nasrum Massi | ORCID 0000-0002-3347-6529
Aquisição de dados (laboratoriais ou clínicos), análise e/ou interpretação dos dados, elaboração e/ou revisão crítica do manuscrito, aprovação da versão final do manuscrito.

Ilhamjaya Patellongi | ORCID 0000-0003-0147-6345
Análise e/ou interpretação dos dados, elaboração e/ou revisão crítica do manuscrito, aprovação da versão final do manuscrito.

Rahmawati Anwar | ORCID 0000-0002-3124-4070
Aquisição de dados (laboratoriais ou clínicos), aprovação da versão final do manuscrito.

 

REFERÊNCIAS

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